terça-feira, 15 de maio de 2018

"É inacreditável o quanto você não sabe do jogo que tem jogado a vida toda"



Bom dia amigos da blogosfera. Sejam todos bem-vindos. Como estão a saúde financeira e a mental? Espero que esteja a todo vapor.
É um clichê dizer que a vida imita a arte e isso se prova quando encontramos filmes inspiradores como esse "O homem que mudou o jogo" (MoneyBall).
O filme é baseado na história real de Billy Beane, contada no livro de Michael Lewis. Nele, o autor relata como Beane conseguiu levar o modesto time do Oakland Athletics a elite do beisebol americano.
Apesar de ser um filme que retrata um esporte pouco conhecido e apreciado pelo público brasileiro ele poderia ser muito bem aplicado no futebol, basquete, vôlei ou qualquer esporte coletivo onde necessitamos que as pessoas colaborem em prol de objetivo comum.
E mais, as reflexões e discussões geradas por ele são universais!
A temática básica do filme é como resolver um problema de forma inovadora. No filme, essa temática se passa no ambiente do baseball, mas a ideia central pode ser aplicada em qualquer situação no qual nos deparamos com um problema que parecesse sem solução.
A história narra o orçamento medíocre que Billy Beane tem em mãos para competir com equipes milionárias da Major League e como ele consegue reverter essa situação levando o time aos playoffs.

1 – Faça a pergunta certa!
As lições colocadas no filme vão muito além da emoção da telona, da pipoca e da companhia no cinema. Para encararmos o problema de frente, precisamos antes fazer as perguntas certas. Qual o real problema? O que precisamos para competir ou para conquistar ou minimizar defeitos de uma equipe?
Essa foi a primeira lição do filme:
Não tomar decisões sem antes temos as perguntas corretas.

2 – Liderança!
Com orçamento apertado e sem apoio o suficiente para brigar com os milhões de dólares das principais equipes, Beane (com a ajuda do seu assessor) define uma nova filosofia para montar equipes. Jogadores desacreditados (e com baixo valor de mercado) têm estatísticas que mostram que são atletas competentes em determinados fundamentos.
Ele extrai de cada um, aquilo que um líder deve fazer.
·                    Objetivo claro!
·                    Correção de erros e
·                    Maximização das potencialidades de cada um dentro do jogo.

3 – Quebra de paradigmas!
Ao observar seus melhores jogadores serem vendidos para os seus rivais, Beane não consegue achar substitutos que mantenham a qualidade do time. Os jogadores completos são muito caros, portanto, indisponíveis para seu time que não tem muitos recursos financeiros. Ele conhece e contrata o analista Peter Brand que tem uma ideia inovadora: utilizar estatísticas e contratar jogadores que são excepcionais em alguma característica, mas, no geral, são jogadores comuns. Ao se colocar os jogadores certos nas posições certas, as deficiências individuais seriam suprimidas pela força do conjunto.
Este novo modelo é totalmente contra o modelo vigente no qual as contratações eram realizadas por olheiros que indicavam um jogador pelo olhar técnico adquirido por anos de experiência e por intuição. Ele encontra uma solução nova para um problema crônico e recorrente. Ao tentar essa nova abordagem ele está justamente “pensando fora da caixa”.
Como muitas ideias inovadoras, elas podem se chocar com o modelo tradicional. E muitos conservadores podem considerá-las ser pura insanidade. No filme, Beane sofre este preconceito e por acreditar e insistir nessa ideia, quase é demitido. Apesar das dificuldades, ele insiste no modelo, analisa o que está errado e corrige, até finalmente conseguir os resultados previstos.
Fazer as perguntas certas e ter o espirito de liderança, não significa muita coisa senão enfrentarmos todos aqueles que contestam e desacreditam em seu projeto. Foi isso que o Billy faz ao apostar na estratégia nunca antes utilizada em um mundo onde o "feeling" sempre foi a aposta mais alta.

Porque devo assistir ao filme?
"O homem que mudou o jogo" (Moneyball) foge de boa parte dos clichês dos filmes que falam sobre esporte. A começar pela escolha do personagem principal. O filme não conta a história de superação do astro do time. Mostra sim a saga do dirigente Billy Beane, interpretado por Brad Pitt.
Enxergo nos exemplos muito mais do que um time de futebol, vejo exemplos para vida. Faz pensar que mais do que vencer, temos que pensar em mudar o jogo!
A primeira frase dita por Michey Mantle na abertura do filme (é inacreditável o quanto você não sabe sobre o jogo que jogou a sua vida toda!) é um convite a reflexão.
Fez lembrar a teoria sobre os jogos que vivemos na vida, quando o foco é vencer todos aqueles internos que nos deparamos. Os jogos externos são aqueles que estão para serem vistos por todos, mas os internos são jogados apenas por nós mesmos. Nem todos que vencem os jogos internos se tornam vitoriosos na vida, mas todos os grandes vitoriosos são, anteriormente, vencedores desses jogos internos.
Um filme que vale a pena ser visto, mesmo para quem não entende nada de baseball. Assista, inspire-se e faça valer a pena.
Não se esqueça: Foco, força e Fé.

Até a próxima.