quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Consuma com Moderação

Salve galera, bem-vindos de volta mais uma vez!

Já estamos no mês de outubro e o fim do ano já espia pela janela com aquele jeito de quem quer logo entrar e o texto de hoje guarda estreita relação com essa época.

Os últimos meses do calendário trazem consigo datas como 'Black Friday', Natal e 'Réveillon', eventos em que muitas pessoas cedem aos apelos de consumo e acabam gastando mais do que deveriam e acabam se endividando.

E o pior de tudo é que contraem a tal da dívida ruim. A dívida ruim funciona como uma espécie de âncora que te puxa para baixo e dificulta o seu avanço rumo a uma vida próspera; enquanto a dívida boa age como uma alavanca que te joga para cima e faz crescer seu patrimônio.

Sobre as dívidas boas nós falamos no artigo de julho - se você não leu (ou não lembra) o texto é só clicar aqui - e no artigo de hoje falaremos sobre as outras dívidas, as ruins.



Uma dívida ruim pode ter início de várias formas e a mais comum delas é a compra não programada. Essa compra é aquela autoindulgência por um dia difícil no trabalho ou aquela promoção imperdível ou até mesmo o ingresso para aquele filme incrível que estão todos comentando...

Geralmente o orçamento não espera receber essas aquisições e o pagamento por elas acaba sendo no cartão de crédito ou cheque especial - as modalidades com a mais elevada taxa de juros do mercado.

Outras situações que podem levar à dívida ruim são:

* Empréstimo (consignado) para a compra de supérfluos.
- tomar um empréstimo para trocar de carro ou fazer uma viagem quando as contas mal fecham não faz sentido. O melhor é se organizar e fazer uma reserva/poupança para o objetivo.

* Emprestar o nome ou cartão ou cheque para um parente ou amigo financiar algo.
- cabe refletir que se a pessoa tem o nome sujo ou não tem linha de crédito é porque deve ser mau pagadora.

* Imprevistos financeiros como doenças, desemprego, acidentes, morte ou separação.
- muito embora sejam imprevistos, há como minimizar o efeito desses eventos com a criação de uma poupança ou reserva de emergência. Aqui indicamos manter sempre um colchão de liquidez (veja aqui)

* Ostentação (ou levar uma vida acima do seu padrão financeiro).
- estar com as finanças no fio da navalha só para manter as aparências certamente não ajuda. A pessoa consegue rolar a dívida um mês para frente, as vezes dois, mas é só aparecer uma pedra no caminho que um tropeção se torna uma bola de neve. 

Além do colchão de liquidez, umas atitudes bem simples podem te fazer passar longe das dívidas ruins. Se antes de comprar você se perguntar se realmente precisa daquele item, fizer as contas para saber se consegue comprá-lo à vista (negociando um belo desconto) e esperar alguns dias (sem ficar pesquisando preços e especificações na internet) para efetuar a compra a fim de saber se não era uma vontade passageira, eu garanto que a probabilidade de se afundar em dívidas já diminui bastante. Outra medida é sempre anotar e revisar todos os seus gastos (aqui tem umas dicas), pois se alguma coisa sair do controle há tempo hábil de corrigir.

Em tempo: A ideia desse blog não é, nem nunca foi, te tornar um mão de vaca, muito pelo contrário. Sabemos e entendemos o prazer que traz uma nova aquisição, entretanto queremos que você faça isso de forma consciente e planejada, não se deixando levar pelas estratégias de marketing e comprando por impulso ou ainda abrir mão de um amanhã saudável para ter um presente aparentemente glamouroso.


  




Mas se você, como 61,7% da população brasileira (fonte), está endividado pode procurar o seu credor ou o SERASA para tentar negociar o pagamento dessa dívida e conseguir um abatimento nos juros - que em alguns casos passa da casa dos 90% (fonte).

Ir as compras faz com que o cérebro libere dopamina e produza uma sensação de bem-estar, mas em contrapartida ficar devendo gera estresse, angústia, depressão e outros problemas psicossomáticos (físicos e mentais). Então seja consciente quando for assumir uma dívida e pensa na sua capacidade de pagá-la, não se deixe levar por um prazer momentâneo. Consuma com moderação.


Um amplexo e até o próximo texto.
'Stay alive'

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

"Preste atenção nos sinais, quando a vida dá um momento assim é um pecado não aceitar."


Bom dia amigos da blogosfera. Sejam todos bem-vindos. Como estão a saúde financeira e a mental? Espero que esteja a todo vapor.
Falando em saúde mental. Trazemos esse mês uma indicação muito boa. O livro “O lado Bom da vida” de Matthew Quick lançado pela Editora Intrínseca (2013) é bem diferente do filme o que é normal, pois geralmente os livros são usados como inspiração.
Um livro que me deixou sem palavras.
Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.
Pat acaba de sair de uma instituição psiquiátrica, não sabe quanto tempo passou lá, não se lembra do que o levou para o lugar ruim, não tem emprego, foi deixado pela esposa e é ignorado pelo pai. Mas tem ao seu lado uma mãe capaz de tudo por ele, seu irmão e seus amigos. Agora ele só tem que recomeçar, e reaprender a viver.
Pat é extremamente cativante. Torcedor fanático dos Eagles, viciado em exercícios e dono de um coração de ouro. Sua ingenuidade e esperança em um final feliz para o "filme de sua vida" comovem até o mais duro dos corações. E sua habilidade em soltar, sem medo, spoilers sobre clássicos da literatura, torna-o hilário (livros que a professora Nikki passa para seus alunos: Apanhador no campo de Centeio, O Grande Gastby, A Letra Escarlate).
Há outros personagens secundários, como:
Tiffany é divertida e um pouco manipuladora, mas também tem um bom coração. Mesmo que, quando tenta ajudar, acabe só atrapalhando tudo.
Jeanie Peaples foi, sem dúvidas, minha personagem favorita do livro. Essa mulher tem uma força fora do normal. Ela tem um carinho pelo filho que, olha, merece o Oscar de melhor mãe do mundo. A forma como ela cuida de Pat, como o defende e o protege é indescritível. Matthew conseguiu passar perfeitamente o amor incondicional que ela tem pelo filho. Na minha opinião, a verdadeira protagonista da história é ela.
Vi algumas pessoas falando que acharam a escrita de Matthew Quick um pouco repetitiva, e é. Mas gente, Pat é quem narra, e ele tem deficiência mental! Essa técnica de escrita de Matthew, quando vista sob esse ângulo, é genial.
Agora, duas observações, detalhes bobos, mas que fizeram a diferença. Primeiro, foi colocada como nome dos capítulos uma de suas últimas frases, e eu adorei isso. O segundo é que a faixa no meio da capa não é aleatória. Ela remete ao futebol americano, citado exaustivamente ao longo do texto.
Voem, Eagles, voem".
Essa foi, com certeza, a resenha mais difícil de escrever desde que entrei para o blog. O livro não tem uma trama surpreendente, não tem uma escrita maravilhosa, não é um dos melhores que já li. Não tem nada específico nele que te faça "ficar de boca aberta".
É simples. E nessa simplicidade, ele se torna mágico.

Nada do que eu diga vai passar para vocês o que eu senti enquanto lia a história de Pat. Ele te envolve de tal forma que até a pessoa mais pessimista do mundo, após a leitura, vai acabar por buscar um pouco mais o “lado bom da vida”. Simplesmente por que é impossível ser indiferente às lições de Pat.
Ps: Sobre o filme, ganhador do Oscar de Melhor Atriz, nem parece que ele foi baseado no livro! Até os nomes foram alterados!
Um livro e/ou um filme que vale a pena ser lido e/ou visto. Assista, inspire-se e faça valer a pena.
Não se esqueça: Foco, força e Fé.

Até a próxima.