Já estamos no mês de outubro e o fim do ano já espia pela janela com aquele jeito de quem quer logo entrar e o texto de hoje guarda estreita relação com essa época.
Os últimos meses do calendário trazem consigo datas como 'Black Friday', Natal e 'Réveillon', eventos em que muitas pessoas cedem aos apelos de consumo e acabam gastando mais do que deveriam e acabam se endividando.
E o pior de tudo é que contraem a tal da dívida ruim. A dívida ruim funciona como uma espécie de âncora que te puxa para baixo e dificulta o seu avanço rumo a uma vida próspera; enquanto a dívida boa age como uma alavanca que te joga para cima e faz crescer seu patrimônio.
Sobre as dívidas boas nós falamos no artigo de julho - se você não leu (ou não lembra) o texto é só clicar aqui - e no artigo de hoje falaremos sobre as outras dívidas, as ruins.
Uma dívida ruim pode ter início de várias formas e a mais comum delas é a compra não programada. Essa compra é aquela autoindulgência por um dia difícil no trabalho ou aquela promoção imperdível ou até mesmo o ingresso para aquele filme incrível que estão todos comentando...
Geralmente o orçamento não espera receber essas aquisições e o pagamento por elas acaba sendo no cartão de crédito ou cheque especial - as modalidades com a mais elevada taxa de juros do mercado.
Outras situações que podem levar à dívida ruim são:
* Empréstimo (consignado) para a compra de supérfluos.
- tomar um empréstimo para trocar de carro ou fazer uma viagem quando as contas mal fecham não faz sentido. O melhor é se organizar e fazer uma reserva/poupança para o objetivo.
* Emprestar o nome ou cartão ou cheque para um parente ou amigo financiar algo.
- cabe refletir que se a pessoa tem o nome sujo ou não tem linha de crédito é porque deve ser mau pagadora.
* Imprevistos financeiros como doenças, desemprego, acidentes, morte ou separação.
- muito embora sejam imprevistos, há como minimizar o efeito desses eventos com a criação de uma poupança ou reserva de emergência. Aqui indicamos manter sempre um colchão de liquidez (veja aqui)
* Ostentação (ou levar uma vida acima do seu padrão financeiro).
- estar com as finanças no fio da navalha só para manter as aparências certamente não ajuda. A pessoa consegue rolar a dívida um mês para frente, as vezes dois, mas é só aparecer uma pedra no caminho que um tropeção se torna uma bola de neve.
Além do colchão de liquidez, umas atitudes bem simples podem te fazer passar longe das dívidas ruins. Se antes de comprar você se perguntar se realmente precisa daquele item, fizer as contas para saber se consegue comprá-lo à vista (negociando um belo desconto) e esperar alguns dias (sem ficar pesquisando preços e especificações na internet) para efetuar a compra a fim de saber se não era uma vontade passageira, eu garanto que a probabilidade de se afundar em dívidas já diminui bastante. Outra medida é sempre anotar e revisar todos os seus gastos (aqui tem umas dicas), pois se alguma coisa sair do controle há tempo hábil de corrigir.
Em tempo: A ideia desse blog não é, nem nunca foi, te tornar um mão de vaca, muito pelo contrário. Sabemos e entendemos o prazer que traz uma nova aquisição, entretanto queremos que você faça isso de forma consciente e planejada, não se deixando levar pelas estratégias de marketing e comprando por impulso ou ainda abrir mão de um amanhã saudável para ter um presente aparentemente glamouroso.
Mas se você, como 61,7% da população brasileira (fonte), está endividado pode procurar o seu credor ou o SERASA para tentar negociar o pagamento dessa dívida e conseguir um abatimento nos juros - que em alguns casos passa da casa dos 90% (fonte).
Ir as compras faz com que o cérebro libere dopamina e produza uma sensação de bem-estar, mas em contrapartida ficar devendo gera estresse, angústia, depressão e outros problemas psicossomáticos (físicos e mentais). Então seja consciente quando for assumir uma dívida e pensa na sua capacidade de pagá-la, não se deixe levar por um prazer momentâneo. Consuma com moderação.
Um amplexo e até o próximo texto.
'Stay alive'