quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Seu triunfo está intimamente ligado à sua entrega.


Bem-vindos de volta, meus amigos da blogosfera. Como estão passando? Já sabem, né: O ano começou ... acabou o Carnaval! Espero que suas Finanças não tenham virado cinzas!!! 

Lembram que falei que esse ano seria diferente, pois é. Não sei se repararam: Invadi o espaço do Adriano, literalmente! (kkkkk). Hoje, ele estaria postando o texto livre do mês, certamente com uma ótima indicação de livro.
Entretanto, o Fernando Fernandes, nosso amigo imaginário trouxe suas contas para fazermos juntos o seu Orçamento Pessoal. Lembram que essa era a tarefa de casa do texto de janeiro: Dedicação, tempo e talento são condições importantes para alcançar seus objetivos? Se não leu, clique aqui!
Onde frisamos que:
Seu triunfo está intimamente ligado à sua entrega. Para colher um futuro desejado, você precisará usar no presente uma combinação de foco (talento), força (dedicação) e fé (tempo) para fazer as melhores escolhas.
E como ele estava muito focado nesse trabalho e com a permissão do Adriano (valeu mesmo) aqui estamos.
Primeiro, vamos a uma breve revisão de como fazer um orçamento mensal. (Sim, de novo.)
1. Anote suas receitas e despesas
         Como já havia falado no post anterior: o Fernando é assalariado. Sua única receita é o teu salário líquido, conforme o seu contra-cheque.
             2. Agrupe as receitas e despesas
Agrupe as despesas e as receitas do mês em categorias. Por exemplo: gastos com conta de luz, gás, aluguel, podem ser agrupados em uma categoria de despesa chamada “Habitação”. Gastos com supermercado, padaria, feiras podem ser agrupados como “Alimentação”.
Uma possibilidade de categorias de agrupamentos seria:
·                   Habitação,
·                   Alimentação,
·                   Saúde,
·                   Educação,
·                   Transporte,
·                   Vestuário,
·                   Lazer e
·                   Financeiro.
Isso permitirá a você saber, no fim do mês, exatamente de onde seu dinheiro veio e com que ele foi gasto.
3. Separe em Despesas Essenciais e Gastos Não Essenciais
As Despesas Essenciais são aquelas que você realmente precisa para se manter, exemplo:
·                   Moradia;
·                   Contas Residenciais: água, luz etc;
·                   Transporte;
·                   Educação;
·                   Saúde;
·                   Mercado
Já os Gastos Não Essenciais é a parte da “Ostentação” é o estilo de vida. Aqui são destinadas aquelas despesas pessoais e voluntárias, exemplo:
·                   Jantar fora;
·                   Sair com os amigos;
·                   Ir ao cinema;
·                   Comprar roupas e sapatos;
·                   TV a Cabo;
·                   Academia;
·                   Lazer; e
·                   Doar
4. Hora de organizar
Organize suas despesas conforme os dados acima e veja como estão as tuas finanças. Você acabou de fazer um orçamento e nem percebeu. Veja como ficou o Orçamento do Fernando Fernandes e compare com o teu.
Em uma análise rápida, parece que o Fernando não está tão mal. Entretanto, analisando melhor percebe-se uma dívida muito perigosa: Cartão de Crédito!
Ele me informou que pagou o mínimo da fatura, pois não tinha condições de arcar com o teu valor total. O lembrei que isso é a pior atitude que alguém pode fazer pois, a Taxa do rotativo do cartão de crédito é de mais de 215% ao ano ou 10% ao mês. Teremos que ver como resolver essa questão!
O tipo de orçamento que gosto de utilizar, inclusive já falei sobre ele no post: Vou ensinar-lhe a ser Rico se não leu clique aqui. É o 60-10-10-20 extraído do livro: I will teach you be rich, de Ramit Sethi, “Vou ensinar-lhe a ser Rico”. Onde:
·                   60% são para a manutenção de sua família;
·                   10% para investimentos;
·                   10% para a poupança; e
·                   20% para gastar livremente.
Se fossemos colocar os dados do Fernando nesse orçamento teríamos:

Percebeu?

Após coletar as informações e separá-las por grupos. É fundamental calcular o peso que cada despesa tem no teu orçamento!
Só assim, poderá fazer a relocação e ajeitar os pesos. Sabendo o que gastar e quanto poderá gastar.
O Fernando constatou que deveria separar a quantia de R$ 80,00 para Investimento, coisa que hoje ele não tem como fazer. Falei que com essa quantia poderia investir em Títulos do Tesouro Direto, seguindo a recomendação do Adriano em seu último texto Não se constrói nada parado. Se não leu clique aqui.
Sugeri que entrasse em contato com a Financeira do Cartão de Crédito e levantasse o seu saldo devedor a fim que providenciar sua quitação e mostrei que o valor que ele tem para quitar suas dívidas são os 10% destinados a poupança ou seja, suas parcelas não poderão ser superiores a R$ 80,00.
Percebeu também que deverá economizar na conta de água e luz, além de pesquisar mais para fazer suas comprar do mês.
E quando ele quitar suas dívidas, é com esse valor que criará o seu “colchão de Segurança Financeiro” para aquelas situações de emergência.
Entretanto, você sabe o valor ideal para o seu colchão de emergências?
Apesar da recomendação dos educadores financeiros de 6 a 12 meses de renda (dependendo da sua estabilidade no emprego), esse valor varia bastante de pessoa para pessoa.
O ideal é que a quantia acumulada na reserva para emergências garanta todas as suas despesas por 6 meses, no mínimo. Exemplos:
·        Funcionário público: devido à estabilidade do emprego, 3 salários podem ser suficientes;
·        Casal: 4 a 5 salários costuma ser suficiente, uma vez que dificilmente ambos perdem o emprego ao mesmo tempo;
·        Solteiro: levando em consideração que a fonte de renda é única, 6 salários é uma boa quantia para se proteger de momentos de adversidade, como uma doença ou desemprego.
·        Autônomos: como a renda pode variar bastante de época para época e entendendo que não há tanta garantia, 12 meses seria o mais recomendado.
·        Casos de preocupação com o desemprego: 12 meses também é o mais recomendado para estas pessoas.
Por se tratar de uma reserva para emergências, os recursos devem ser acessados facilmente.
Sendo assim, eles devem ser aplicados em um produto de investimento que tenha alta liquidez e baixo risco, para que você possa pôr e tirar o dinheiro com tranquilidade.
As opções mais sugeridas são Tesouro Selic, fundos de renda fixa, CDB, LCI e LCA, pela maior rentabilidade, mas a caderneta de poupança também pode ser utilizada inicialmente para esse fim.
Para a minha surpresa, Fernando, se comprometeu a fazer o Desafio das 52 semanas e garantiu que terá o valor de R$ 1.378,00 no final do ano. Nem que para isso ele corte o gasto com o celular.
Poderia dizer que é meio exagerado. Mas, ele está doente financeiramente. Não posso atrapalhar a sua recuperação e torço para que ele tenha força suficiente para aguentar o gosto amargo dos remédios.
Mas, é necessário.
Afinal não podemos deixar que todo nosso esforço simplesmente se transforme em cinzas.
Foco, força e Fé.

Até a próxima.