Salve
galera, bem-vindos de volta!
Apesar
de estar no local onde o mundo inteiro quer (ou queria) vir durante o
carnaval, eu não sou muito chegado a essa folia. A verdadeira
festa da carne, pra mim, é aquela onde se reúne cortes nobres de
carne bovina, alocadas numa grelha, disposta sobre incandescentes
pedaços de carvão vegetal… Hummm! Dá até água na boca só de
imaginar aquele churrascão. Ai ai!
Mas
enfim, o carnaval desse ano foi marcante pra mim. Não pelos blocos
superanimados e divertidos que não frequentei ou pelos lindos
desfiles de escolas de samba. Isso tem todos os anos. O carnaval de
2018 foi memorável pois tive meu espaço aqui nesse blog invadido
pelo Alexandre.
Se
eu conseguisse descrever o episódio seria o Alexandre chegando na
redação vestido de mulher, com o texto em mãos, abanando, e
cantarolando algo como uma paródia da marchinha “Ô Abre-Alas”,
de Chiquinha Gonzaga.
Ô
Abre Alas,
Que eu quero postar (2 X)
Que eu quero postar (2 X)
Eu
tenho um texto,
Você vai gostar (2 X)
Você vai gostar (2 X)
Ô
Abre Alas,
Que eu quero postar (2 X)
Que eu quero postar (2 X)
E
os
leitores,
eles
vão
ganhar (2 X)
Vocês
conseguem imaginar essa cena, queridos leitores? Principalmente os
que conhecem pessoalmente meu sócio e amigo? Pois foi só uma cena
imaginária mesmo. A
realidade é que o Alexandre me informou que havia preparado um texto
bastante pertinente ao pós-carnaval imediato e perguntou se eu
poderia
ceder, de bom grado, a data para ele. Aliás, ficou extraordinário o
texto e
você pode conferir bem aqui.
Mas
vamos lá reassumir o controle e tentar restabelecer a ordem
trazendo a dica cultural que estamos devendo.
- - -
Era o ano de 2014 quando o livro Extraordinário chegou até minhas mãos. Hei de confessar que já tinha passado algumas vezes por aquele título nas livrarias mas a capa nunca havia me despertado a devida atenção. Na época eu estava muito focado em leituras mais técnicas e sempre passava direto para a seção de administração e negócios.
Sabem
aquele dito de que as coisas acontecem na hora certa? Pois então,
acredito que o livro chegou até mim na hora em que precisava chegar (obrigado Amanda, sua linda! 😘).
Naquele momento eu me recuperava de uma cirurgia no maxilar e toda
vez que olhava no espelho via um rosto deformado
inchado e não conseguia me reconhecer. Enfim, não tenho a intenção de comparar minha condição com a do Auggie Pullman, mas posso dizer que graças ao Auggie o processo pós-cirúrgico ficou mais fácil, pois ele me ajudou na recuperação com toda a coragem de assumir sua condição e viver bem com ela. Fui conquistado pela história
desse garotinho.
Mas
não quero hoje falar do livro, e sim do filme. Lançado no final de
2017, o longa homônimo tem direção de Stephen Chbosky (diretor de
As Vantagens de Ser Invisível) e produção-executiva de R.J.
Palacio (autora do livro Extraordinário) e conta com Julia Roberts
(Isabel Pullman), Owen Wilson (Nate Pullman), Izabela Vidovic (Via) e
Jacob Tremblay (Auggie) no elenco, além de Sônia Braga que faz uma
pequena, mas brilhante, participação como a avó de Via.
Devo
dizer que o filme perde um pouquinho para o livro em alguns detalhes
que são marcados na versão impressa, mas, definitivamente, nada que
seja comprometedor. De uma maneira geral a película captura
completamente a essência da história e passa lindamente a mensagem, conseguindo despertar no espectador a mesma emoção que senti como
leitor. Ah! Faço um alerta aos amigos: separem os lenços, pois
lágrimas vão rolar.
A
trama conta a história de Auggie, um menino de 10 anos que foi
educado em casa por sua mãe e está prestes a ingressar numa escola.
Se ser um aluno novo já não é fácil e imagine quando se tem uma
doença que o deixou com uma deformidade facial. Pois esse é o maior
desafio de Auggie, ser um menino normal quando ninguém o vê assim.
A
história é majoritariamente narrada do ponto de vista do
protagonista, mas também traz as perspectivas daqueles que orbitam
ao seu redor como, por exemplo, sua irmã Via — uma menina meiga
que se sente um pouco preterida pelos pais, mas que faz de tudo para
que o irmãozinho se sinta feliz— e seu amigo Jack Will — um
menino carismático e que consegue enxergar Auggie como ele realmente
é.
E
como toda boa história tem um antagonista, aqui quem faz esse papel
é o Julian. Julian “é daquele tipo de garoto que age de um jeito
na frente dos adultos e de outro com as crianças” e ao longo de
quase toda a história lidera a cruzada de bullying contra Auggie.
Podemos
então concluir que Extraordinário é um filme que consegue tratar
de importantes assuntos como as relações familiares, a amizade e o
bullying de uma maneira leve e emocionante. É uma história bonita,
real e de superação, não só de Auggie, mas de todos os
personagens de alguma forma; uma história inspiradora e que nos faz
refletir acerca dos preceitos do Sr. Brownie (o professor de inglês)
e repensar a maneira como encaramos o mundo. Uma história sobre
amizade e como nos tornamos mais fortes quando temos amigos para nos
ajudar a superar os obstáculos e, sobretudo, uma história para não
nos deixar esquecer que não devemos julgar um livro pela capa e
muito menos uma pessoa por sua aparência.
Por hoje é isso pessoal! Deixe aqui seu comentário dizendo o qual foi a frase que você mais gostou do filme/livro.
O meu destaque vai para uma frase proferida por Auggie Pullman, que é mais ou menos assim:
“Acho que devia haver uma regra que determinasse que todas as pessoas do mundo tinham que ser aplaudidas de pé pelo menos uma vez na vida.”
Está entre umas das que mais gosto, entretanto é que mais significa pra mim.
Um grande amplexo e até a próxima.