Salve galera!
Conforme
prometi no texto de fevereiro, vou hoje falar sobre os tipos de
títulos ofertados pelo Tesouro Direto.
Mas antes de fechar a trilogia,
permitam-me fazer uma rápida revisão sobre o que já rolou por
aqui. É vapt-vupt!
Em
dezembro/2017 demos início a série de artigos com a publicação de
um e-Book que ensina, passo a passo, como abrir conta em uma
corretora de valores. A conta em corretora não é obrigatória, uma
vez que através do seu banco também é possível investir;
entretanto as corretoras apresentam melhores taxas.
Em
fevereiro/2018 publicamos a segunda parte apresentando o programa
Tesouro Direto e
explicamos como ele funciona, quais os riscos presentes, os custos e
as garantias e também qual o rendimento.
Caso
você esteja chegando agora por aqui ou, por algum motivo, tenha
perdido os textos ou ainda precise relembrar o conteúdo, aqui estão
os links:
Vamos aos títulos?
Vamos
sim, mas o que são esses títulos públicos que você tanto fala?
Oops!
Não expliquei o que são os títulos? Acho que a idade está me
afetando a memória…
Os
títulos públicos são títulos emitidos pelo Governo com objetivo
de financiar o seu déficit orçamentário e também
refinanciar a dívida pública para investir em atividades como
educação, saúde e infraestrutura. Os títulos são emitidos pelo
governo Federal e são ativos de alta liquidez lançados no mercado
através do Tesouro Direto. Algumas características desses títulos
-
não têm carência (período exigido para manter um investimento).
-
podem ter remuneração semestral ou apenas no final da operação.
-
rentabilidade pode ser prefixada, híbrida ou pós-fixada.
Classificação
de Títulos Públicos
Podemos basicamente dividir os
títulos públicos em duas categorias:
Títulos
Pré-fixados
- são os títulos em que a
rentabilidade é estipulada já no momento da compra, para o caso
de carregar o papel até a data de seu vencimento.
Por
terem uma rentabilidade pré-definida, esse rendimento é nominal. Ou
seja, para saber o rendimento real do título é necessário
descontar a inflação do período.
Uma
informação interessante é que todo título pré-fixado paga o
valor fixo de R$1.000,00 na data de vencimento (se você comprar
uma fração do título o valor recebido será proporcional ao
percentual adquirido). Por isso que quanto mais longe a data de
vencimento, mais barato o valor do título.
Títulos
Pós-fixados
-
são títulos que tem o seu valor corrigido por um indexador,
geralmente Selic ou IPCA, e por isso a rentabilidade é composta
por uma taxa pré-definida no momento da compra do título
acrescida
da variação do indexador. Ou seja, não tem como saber,
antecipadamente, quando você receberá.
Os
títulos pós-fixados são indicados para aqueles que desejam fugir
da inflação e manter o poder de compra e/ou estejam dispostos a
suportar a variação para obter um retorno um pouco mais elevado.
Tipos
de Títulos Públicos
Dentro dessas duas classificações
supracitadas podemos alocar todos os títulos disponíveis em uma
divisão que ficaria assim:
Pré-fixado
- tesouro prefixado (LTN)
-
possui um fluxo de pagamento simples, isto é, uma aplicação e um resgate;
-
recomendado para quem pode esperar até o vencimento para resgatar;
-
indicado para momentos da economia em que os juros e a inflação estão baixos.
- tesouro prefixado com juros
semestrais (NTN-F)
-
título com múltiplos fluxos de pagamento, isto é, a cada seis meses (ao longo do período da aplicação) o investidor recebe um pagamento de juros. Cabe ressaltar que sobre esses pagamentos incide a cobrança do imposto de renda, na forma da tabela regressiva – conforme figura abaixo;
-
recomendado para aqueles que desejam ter o rendimento semestral pago pelo título como um complemento à renda;
-
indicado para momentos em que a taxa prefixada esteja (e permaneça) acima da Selic.
Pós-fixados
- tesouro Selic (LFT)
-
tem a rentabilidade atrelada a taxa básica de juros da economia registrada entre a data da compra e a data de venda do título;
-
recomendado para aplicar como uma reserva de emergência devido sua baixa volatilidade (evita perdas no caso de uma venda antecipada)
-
é o único título que não possui rentabilidade negativa.
- tesouro IPCA+ com juros semestrais
(NTN-B)
-
o título tem sua rentabilidade composta de duas parcelas (uma taxa de juros prefixada + variação do IPCA) e segue a inflação, permitindo ao investidor ter um rendimento real e manter seu poder de compra;
-
indicado para quem tem planos de longo prazo, como uma aposentadoria, e necessita de uma retirada periódica; uma vez que o Tesouro IPCA + com Juros Semestrais – conforme o nome sugere – paga cupons de juros a cada seis meses;
-
importante lembrar que a cada pagamento semestral há incidência de imposto de renda, conforme mostrado acima. Assim sendo, se o planejamento é de reinvestir o rendimento dos cupons semestrais, uma ideia melhor seria comprar um título com fluxo simples e ver os juros da sua aplicação incidindo sobre um montante maior e fazer ela crescer mais rápido.
- tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)
-
fluxo de pagamento simplificado, isto é, você receberá o valor investido acrescido da rentabilidade na data de vencimento ou resgate do título;
-
protege seu dinheiro da inflação no período, proporcionando uma rentabilidade real e garantindo seu poder de compra;
-
recomendado para investimentos de longo prazo como uma poupança para os filhos ou a compra de um imóvel.
Agora que já conhecem os títulos
ofertados pelo tesouro direto e as principais características de
cada um, o ideal escolher para compra aquele que tenha o vencimento
casando com seu objetivo, a fim de obter a rentabilidade prevista.
E
se você precisar se
desfazer do papel
antes do vencimento, saiba que isso é possível, mas a rentabilidade
pode não ser aquela prevista. O
Tesouro Nacional pagará o
valor de mercado, de modo que a rentabilidade poderá ser maior ou
menor do que a contratada na data da compra, dependendo do preço do
título no momento da venda. Além disso, a alíquota de imposto de
renda incidente é maior, conforme abaixo.
Prazo de
Manutenção Percentual
de Desconto
até 180 dias – alíquota de
22,5%
de 181 a 360 dias – alíquota de
20%
de 361 a 720 dias – alíquota de
17,5%
acima de 720 dias – alíquota de
15%
E assim encerramos a trilogia.
Esperamos que vocês tenham adquirido informações suficientes para
começar a aplicar no Tesouro Direto e colocar o dinheiro para
trabalhar para você de forma mais intensa, acelerando o acumulo de
patrimônio. Se tens alguma dúvida, critica ou sugestão deixa um
comentário aqui que teremos o maior prazer em responder.
Um grande amplexo e até a próxima