Bem vindos de
volta! Antes de falar sobre o texto do mês, estamos muito felizes, pois o Blog
Mente Sã, Bolso São está completando 1 (um) ano de vida! É isso mesmo
amigos da blogosfera, estamos aniversariando.
Como o tempo
passa rápido, parece que foi ontem, estávamos o Adriano e eu comentando sobre
as dificuldades que encontramos para viver uma vida saudável e livre
financeiramente. Quando ele disse: Porque não fazer um blog para mostrar que é
possível de se acumular uma boa reserva financeira sem abrir mão dos nossos
prazeres pessoais?
E aqui estamos
nós! Comemorando o nosso primeiro aniversário!
Relembrando esse tempo que passou me
pego com um copo de café na mão, pensando no tema desse mês e logo vem a mente
o primeiro texto: “A Cigarra, a Formiga e o Cafezinho” no qual defendemos
que: Você não precisa
ser como a formiga e nem a cigarra, mas um meio termo entre os dois!
Entenda. É importante se divertir, entretanto é fundamental trabalhar: Planejamento e Disciplina.
Ouço muitas
pessoas reclamando que não conseguem mudar suas vidas por mais que tentem e se
esforcem. Já se deparou com essa situação: Perceber que não adiantou correr, estudar ou
trabalhar, pois continuou na mesma situação como se não tivesse saído do lugar?
Que quanto mais saber se adquiri na vida mais conhecimentos e habilidades são
exigidos, principalmente no meio profissional.
Isso é o efeito Rainha
Vermelha.
A Rainha Vermelha é um personagem fictício de um
livro do Charles Lutwidge Dodgson chamado “Alice do outro lado do espelho” (sim, o mesmo que escreveu
Alice no País das Maravilhas e sim, o mesmo do texto anterior e você achando
que eram livros para crianças!).
Bem. Na história, Alice termina percebendo que ela
está correndo cada vez mais rápido, mas sem conseguir sair do lugar.
Alice não conseguia entender exatamente, ao pensar
a respeito mais tarde, como foi que elas começaram: tudo que ela lembra é que
elas estavam correndo de mãos dadas e a Rainha estava correndo tão rápido que
tudo que ela podia fazer era acompanhá-la: e ainda a Rainha continuava gritando
“Mais rápido! Mais rápido!”, mas Alice sentia que ela não conseguia ir mais
rápido, embora não tivesse mais fôlego para dizer isso.
A parte mais curiosa daquilo foi que as árvores e
as outras coisas ao redor delas nunca mudavam de lugar: não importando o quão
rápido fossem, elas não pareciam estar passando por nada. “Eu me pergunto se
todas as coisas estão se movendo conosco?” pensou a pobre, confusa Alice. E a
Rainha pareceu adivinhar os pensamentos dela, pois ela gritou, “Mais rápido!
Não tente falar!”.
Eventualmente
a Rainha parou de correr e suportou Alice contra uma árvore, dizendo a ela para
descansar.
Alice olhou em volta bastante surpresa. “Oh, eu
realmente acredito que estávamos correndo sob essa árvore o tempo inteiro! Tudo
está exatamente como estava!”
“Claro que está”, disse a Rainha. “O que você
queria?”
“Bem, em nosso país,”, disse Alice, ainda ofegante,
“você normalmente chegaria a um outro lugar – se você corresse muito rápido por
muito tempo, como nós corremos”.
“Um país lento, esse!” disse a Rainha. “Agora,
aqui, sabe, é necessário toda a corrida que você tem para se manter no mesmo
lugar. Se você quer ir a um lugar diferente, você deve correr pelo menos duas
vezes mais rápido que aquilo!”.
A
"Síndrome da Rainha Vermelha" é um conceito, um postulado de
sociologia, publicado na forma de livro de não-ficção pelo autor e sociólogo
Marcos Rolim. É sobre a frustrante sensação da personagem Alice de que quanto
mais se corre, mais se fica no mesmo lugar:
“Agora, aqui, sabe, é necessário toda a corrida que você tem para se manter no mesmo lugar. Se você quer ir a um lugar diferente, você deve correr pelo menos duas vezes mais rápido que aquilo!”.
Quantas vezes na
vida nos pegamos sofrendo de tal Síndrome? Exatamente assim, correndo contra o
tempo implacável para exatamente ficar no mesmo lugar? Somos frustrados
com o bombardeamento pelas mídias diversas sobre a possibilidade de todo mundo
ter "seu lugar ao Sol", como se o "sonho americano" fosse
extensível para nós aqui também nas terras verde-amarelas.
Crescemos e
amadurecemos em uma bolha social e filosófica onde nos é ensinado que: com o
simples esforço e um "querer" conseguiremos atingir nossos objetivos
utópicos: sermos ricos, famosos, e até mesmo coisas que julgamos simples, como
sermos reconhecidos e amados simplesmente pelo nosso caráter e nossa honra, e
não simplesmente pelo que temos ou nossa aparência externa, cor da pele, etc.
É aí que
chegamos ao ponto de perceber que estamos fazendo exatamente o que Alice
fez: correndo, correndo, correndo e correndo com toda força para ficar no mesmo
lugar: pagar nossas contas, acordar cedo, trabalhar em uma rotina monótona e
angustiantemente previsível, sustentar ego e luxúria de uma sociedade
pautada pela aparência e com uma profundidade tão "grande" quanto uma
piscina infantil.
E
como Alice nós mesmos acabamos se frustrando, e exaustos pelo esforço
inutilmente desenvolvido, desistimos de tentar, de ser, de criar, e passamos
apenas a existir, de forma vazia e automática, como uma legião de fantasmas,
vivendo a vida no "modo automático".
Mas, então como
não ser vítima desse efeito? Você pode estar se perguntando. Simples: Se
recuse a correr naquela direção!
Vamos a um
exemplo:
Imagine que você
tenha uma conta poupança em que tenha que depositar R$ 500,00 ao mês para que o
seu saldo nunca caísse de R$ 400,00. Você iria continuar investindo seus
recursos e tempo nessa conta? Claro que não! É obviamente um investimento ruim!
Entretanto,
muitos continuam gastando seu tempo, energia e recursos nesses investimentos.
Quantas vezes já percebeu que seu relacionamento acabou, mas você continua lá
insistindo? Quantas vezes já percebeu que está doente financeiramente e
continua lá, insistindo que pode resolver tudo sozinho?
Saia dessa
competição! Encontre um caminho diferente para obter a mesma coisa. Pare de
correr, nade. Pegue uma bicicleta. Busque uma direção diferente.
Todas as
soluções para contornar o efeito da Rainha Vermelha tem algo em comum:
Recusar-se a participar em um jogo em que você está fadado a perder!
Mude de tabuleiro! Afinal “Se você não sabe para onde ir qualquer caminho serve” como dito no texto de agosto. Não se permita ficar nesse jogo. Defina seu
objetivo e vá realizá-lo!
Estamos aqui
para te ajudar. Conte-nos: Do que você precisa para sair dessa corrida?
Até a próxima.