sexta-feira, 1 de setembro de 2017

“Se você quer ir a um lugar diferente, você deve correr pelo menos duas vezes mais rápido que aquilo!”

 Bem vindos de volta! Antes de falar sobre o texto do mês, estamos muito felizes, pois o Blog Mente Sã, Bolso São está completando 1 (um) ano de vida! É isso mesmo amigos da blogosfera, estamos aniversariando.
Como o tempo passa rápido, parece que foi ontem, estávamos o Adriano e eu comentando sobre as dificuldades que encontramos para viver uma vida saudável e livre financeiramente. Quando ele disse: Porque não fazer um blog para mostrar que é possível de se acumular uma boa reserva financeira sem abrir mão dos nossos prazeres pessoais?
E aqui estamos nós! Comemorando o nosso primeiro aniversário!
Relembrando esse tempo que passou me pego com um copo de café na mão, pensando no tema desse mês e logo vem a mente o primeiro texto: “A Cigarra, a Formiga e o Cafezinho” no qual defendemos que: Você não precisa ser como a formiga e nem a cigarra, mas um meio termo entre os dois!

Entenda. É importante se divertir, entretanto é fundamental trabalhar: Planejamento e Disciplina. 
Ouço muitas pessoas reclamando que não conseguem mudar suas vidas por mais que tentem e se esforcem. Já se deparou com essa situação: Perceber que não adiantou correr, estudar ou trabalhar, pois continuou na mesma situação como se não tivesse saído do lugar? Que quanto mais saber se adquiri na vida mais conhecimentos e habilidades são exigidos, principalmente no meio profissional.
Isso é o efeito Rainha Vermelha.
A Rainha Vermelha é um personagem fictício de um livro do Charles Lutwidge Dodgson chamado “Alice do outro lado do espelho” (sim, o mesmo que escreveu Alice no País das Maravilhas e sim, o mesmo do texto anterior e você achando que eram livros para crianças!).
Bem. Na história, Alice termina percebendo que ela está correndo cada vez mais rápido, mas sem conseguir sair do lugar.
Alice não conseguia entender exatamente, ao pensar a respeito mais tarde, como foi que elas começaram: tudo que ela lembra é que elas estavam correndo de mãos dadas e a Rainha estava correndo tão rápido que tudo que ela podia fazer era acompanhá-la: e ainda a Rainha continuava gritando “Mais rápido! Mais rápido!”, mas Alice sentia que ela não conseguia ir mais rápido, embora não tivesse mais fôlego para dizer isso.
A parte mais curiosa daquilo foi que as árvores e as outras coisas ao redor delas nunca mudavam de lugar: não importando o quão rápido fossem, elas não pareciam estar passando por nada. “Eu me pergunto se todas as coisas estão se movendo conosco?” pensou a pobre, confusa Alice. E a Rainha pareceu adivinhar os pensamentos dela, pois ela gritou, “Mais rápido! Não tente falar!”.
Eventualmente a Rainha parou de correr e suportou Alice contra uma árvore, dizendo a ela para descansar.
Alice olhou em volta bastante surpresa. “Oh, eu realmente acredito que estávamos correndo sob essa árvore o tempo inteiro! Tudo está exatamente como estava!”
“Claro que está”, disse a Rainha. “O que você queria?”
“Bem, em nosso país,”, disse Alice, ainda ofegante, “você normalmente chegaria a um outro lugar – se você corresse muito rápido por muito tempo, como nós corremos”.
“Um país lento, esse!” disse a Rainha. “Agora, aqui, sabe, é necessário toda a corrida que você tem para se manter no mesmo lugar. Se você quer ir a um lugar diferente, você deve correr pelo menos duas vezes mais rápido que aquilo!”.
A "Síndrome da Rainha Vermelha" é um conceito, um postulado de sociologia, publicado na forma de livro de não-ficção pelo autor e sociólogo Marcos Rolim. É sobre a frustrante sensação da personagem Alice de que quanto mais se corre, mais se fica no mesmo lugar:

“Agora, aqui, sabe, é necessário toda a corrida que você tem para se manter no mesmo lugar. Se você quer ir a um lugar diferente, você deve correr pelo menos duas vezes mais rápido que aquilo!”. 
Quantas vezes na vida nos pegamos sofrendo de tal Síndrome? Exatamente assim, correndo contra o tempo implacável para exatamente ficar no mesmo lugar? Somos frustrados com o bombardeamento pelas mídias diversas sobre a possibilidade de todo mundo ter "seu lugar ao Sol", como se o "sonho americano" fosse extensível para nós aqui também nas terras verde-amarelas.
Crescemos e amadurecemos em uma bolha social e filosófica onde nos é ensinado que: com o simples esforço e um "querer" conseguiremos atingir nossos objetivos utópicos: sermos ricos, famosos, e até mesmo coisas que julgamos simples, como sermos reconhecidos e amados simplesmente pelo nosso caráter e nossa honra, e não simplesmente pelo que temos ou nossa aparência externa, cor da pele, etc.
É aí que chegamos ao ponto de perceber que estamos fazendo exatamente o que Alice fez: correndo, correndo, correndo e correndo com toda força para ficar no mesmo lugar: pagar nossas contas, acordar cedo, trabalhar em uma rotina monótona e angustiantemente previsível, sustentar ego e luxúria de uma sociedade pautada pela aparência e com uma profundidade tão "grande" quanto uma piscina infantil.
E como Alice nós mesmos acabamos se frustrando, e exaustos pelo esforço inutilmente desenvolvido, desistimos de tentar, de ser, de criar, e passamos apenas a existir, de forma vazia e automática, como uma legião de fantasmas, vivendo a vida no "modo automático".
Mas, então como não ser vítima desse efeito? Você pode estar se perguntando. Simples: Se recuse a correr naquela direção!
Vamos a um exemplo:
Imagine que você tenha uma conta poupança em que tenha que depositar R$ 500,00 ao mês para que o seu saldo nunca caísse de R$ 400,00. Você iria continuar investindo seus recursos e tempo nessa conta? Claro que não! É obviamente um investimento ruim!
Entretanto, muitos continuam gastando seu tempo, energia e recursos nesses investimentos. Quantas vezes já percebeu que seu relacionamento acabou, mas você continua lá insistindo? Quantas vezes já percebeu que está doente financeiramente e continua lá, insistindo que pode resolver tudo sozinho?
Saia dessa competição! Encontre um caminho diferente para obter a mesma coisa. Pare de correr, nade. Pegue uma bicicleta. Busque uma direção diferente.
Todas as soluções para contornar o efeito da Rainha Vermelha tem algo em comum:
Recusar-se a participar em um jogo em que você está fadado a perder! 
Mude de tabuleiro! Afinal “Se você não sabe para onde ir qualquer caminho serve” como dito no texto de agosto. Não se permita ficar nesse jogo. Defina seu objetivo e vá realizá-lo!
Estamos aqui para te ajudar. Conte-nos: Do que você precisa para sair dessa corrida?
Até a próxima.