segunda-feira, 1 de outubro de 2018

"Preste atenção nos sinais, quando a vida dá um momento assim é um pecado não aceitar."


Bom dia amigos da blogosfera. Sejam todos bem-vindos. Como estão a saúde financeira e a mental? Espero que esteja a todo vapor.
Falando em saúde mental. Trazemos esse mês uma indicação muito boa. O livro “O lado Bom da vida” de Matthew Quick lançado pela Editora Intrínseca (2013) é bem diferente do filme o que é normal, pois geralmente os livros são usados como inspiração.
Um livro que me deixou sem palavras.
Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.
Pat acaba de sair de uma instituição psiquiátrica, não sabe quanto tempo passou lá, não se lembra do que o levou para o lugar ruim, não tem emprego, foi deixado pela esposa e é ignorado pelo pai. Mas tem ao seu lado uma mãe capaz de tudo por ele, seu irmão e seus amigos. Agora ele só tem que recomeçar, e reaprender a viver.
Pat é extremamente cativante. Torcedor fanático dos Eagles, viciado em exercícios e dono de um coração de ouro. Sua ingenuidade e esperança em um final feliz para o "filme de sua vida" comovem até o mais duro dos corações. E sua habilidade em soltar, sem medo, spoilers sobre clássicos da literatura, torna-o hilário (livros que a professora Nikki passa para seus alunos: Apanhador no campo de Centeio, O Grande Gastby, A Letra Escarlate).
Há outros personagens secundários, como:
Tiffany é divertida e um pouco manipuladora, mas também tem um bom coração. Mesmo que, quando tenta ajudar, acabe só atrapalhando tudo.
Jeanie Peaples foi, sem dúvidas, minha personagem favorita do livro. Essa mulher tem uma força fora do normal. Ela tem um carinho pelo filho que, olha, merece o Oscar de melhor mãe do mundo. A forma como ela cuida de Pat, como o defende e o protege é indescritível. Matthew conseguiu passar perfeitamente o amor incondicional que ela tem pelo filho. Na minha opinião, a verdadeira protagonista da história é ela.
Vi algumas pessoas falando que acharam a escrita de Matthew Quick um pouco repetitiva, e é. Mas gente, Pat é quem narra, e ele tem deficiência mental! Essa técnica de escrita de Matthew, quando vista sob esse ângulo, é genial.
Agora, duas observações, detalhes bobos, mas que fizeram a diferença. Primeiro, foi colocada como nome dos capítulos uma de suas últimas frases, e eu adorei isso. O segundo é que a faixa no meio da capa não é aleatória. Ela remete ao futebol americano, citado exaustivamente ao longo do texto.
Voem, Eagles, voem".
Essa foi, com certeza, a resenha mais difícil de escrever desde que entrei para o blog. O livro não tem uma trama surpreendente, não tem uma escrita maravilhosa, não é um dos melhores que já li. Não tem nada específico nele que te faça "ficar de boca aberta".
É simples. E nessa simplicidade, ele se torna mágico.

Nada do que eu diga vai passar para vocês o que eu senti enquanto lia a história de Pat. Ele te envolve de tal forma que até a pessoa mais pessimista do mundo, após a leitura, vai acabar por buscar um pouco mais o “lado bom da vida”. Simplesmente por que é impossível ser indiferente às lições de Pat.
Ps: Sobre o filme, ganhador do Oscar de Melhor Atriz, nem parece que ele foi baseado no livro! Até os nomes foram alterados!
Um livro e/ou um filme que vale a pena ser lido e/ou visto. Assista, inspire-se e faça valer a pena.
Não se esqueça: Foco, força e Fé.

Até a próxima.