Bom dia amigos da blogosfera. Sejam todos
bem-vindos. Como estão a saúde financeira e a mental? Espero que esteja a todo
vapor.
Falando em saúde mental. Trazemos esse mês uma
indicação muito boa. O livro “O lado Bom da vida” de Matthew Quick
lançado pela Editora Intrínseca (2013) é bem diferente do filme o que é normal,
pois geralmente os livros são usados como inspiração.
Um livro que me deixou sem palavras.
Pat Peoples, um ex-professor na casa
dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que
passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do
que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo
separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória,
agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não
parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa
negando-se a revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da
internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a
reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais
felizes e no lado bom da vida.
Pat acaba de sair de uma instituição
psiquiátrica, não sabe quanto tempo passou lá, não se lembra do que o levou
para o lugar ruim, não tem emprego, foi deixado pela esposa e é ignorado pelo
pai. Mas tem ao seu lado uma mãe capaz de tudo por ele, seu irmão e seus amigos.
Agora ele só tem que recomeçar, e reaprender a viver.
Pat é extremamente cativante. Torcedor
fanático dos Eagles, viciado em exercícios e dono de um coração de ouro. Sua
ingenuidade e esperança em um final feliz para o "filme de sua vida"
comovem até o mais duro dos corações. E sua habilidade em soltar, sem
medo, spoilers sobre clássicos da literatura, torna-o hilário
(livros que a professora Nikki passa para seus alunos: Apanhador no campo de
Centeio, O Grande Gastby, A Letra Escarlate).
Há outros personagens secundários, como:
Tiffany é divertida e um pouco
manipuladora, mas também tem um bom coração. Mesmo que, quando tenta ajudar,
acabe só atrapalhando tudo.
Jeanie Peaples foi, sem dúvidas, minha
personagem favorita do livro. Essa mulher tem uma força fora do normal. Ela tem
um carinho pelo filho que, olha, merece o Oscar de melhor mãe do mundo.
A forma como ela cuida de Pat, como o defende e o protege é indescritível.
Matthew conseguiu passar perfeitamente o amor incondicional que ela tem pelo
filho. Na minha opinião, a verdadeira protagonista da história é ela.
Vi algumas pessoas falando que acharam
a escrita de Matthew Quick um pouco repetitiva, e é. Mas gente, Pat é quem
narra, e ele tem deficiência mental! Essa técnica de escrita de Matthew,
quando vista sob esse ângulo, é genial.
Agora, duas observações, detalhes
bobos, mas que fizeram a diferença. Primeiro, foi colocada como nome dos
capítulos uma de suas últimas frases, e eu adorei isso. O segundo é que a faixa
no meio da capa não é aleatória. Ela remete ao futebol americano, citado
exaustivamente ao longo do texto.
Voem, Eagles, voem".
Essa foi, com certeza, a resenha mais
difícil de escrever desde que entrei para o blog. O livro não tem uma trama
surpreendente, não tem uma escrita maravilhosa, não é um dos melhores que já
li. Não tem nada específico nele que te faça "ficar de boca aberta".
É simples. E nessa simplicidade, ele se
torna mágico.
Nada do que eu diga vai passar para
vocês o que eu senti enquanto lia a história de Pat. Ele te envolve de tal
forma que até a pessoa mais pessimista do mundo, após a leitura, vai acabar por
buscar um pouco mais o “lado bom da vida”. Simplesmente por
que é impossível ser indiferente às lições de Pat.
Ps: Sobre o filme, ganhador do Oscar de
Melhor Atriz, nem parece que ele foi baseado no livro! Até os nomes foram
alterados!
Um livro e/ou um filme que vale a pena ser lido
e/ou visto. Assista,
inspire-se e faça valer a pena.
Não se esqueça: Foco, força e Fé.
Até a próxima.