domingo, 1 de julho de 2018

A Dívida Boa


Salve galera!!! Sejam muito bem-vindos de volta!

Estamos no meio da Copa do Mundo e acho que não seria surpresa se eu dedicasse esse artigo para falar somente sobre futebol. O que até poderia acontecer, no Espaço Mente Sã, não fosse a minha total falta de habilidade em escrever sobre o tema. Mas estou aqui hoje para falar sobre dívidas.



Quando ouvimos a palavra dívida, logo entramos em desespero e pensamos naquelas contas atrasadas em que incidem juros, que só fazem o montante crescer. E geralmente é isso mesmo.

Sempre falamos aqui da importância de manter as contas em dia e evitar ao máximo as dívidas pois elas podem destruir todo o seu patrimônio, mas você sabia que tomar dívida pode ser também algo positivo?

Sim meus amigos, em alguns casos específicos se endividar pode ser uma solução para seu problema.

  • Então… você está dizendo que vale a pena se endividar? É sério isso?
Pode ser que sim, mas geralmente não.

Por mais que seja contrário ao senso comum, tomar dívida pode sim ser bom, e até necessário, para ajudar no nosso crescimento ao longo da vida, pois existem muitas coisas as quais dificilmente teríamos acesso se não fosse através de dívida boa.

Além disso, quando utilizado corretamente, o crédito ajuda a melhorar o 'score' junto as instituições financeiras, possibilitando conseguir melhores taxas em uma negociação e/ou melhorar sua relação com os bancos, e assim ter acesso a mais e melhores produtos por eles oferecidos.

  • Você sabe o que é uma dívida boa?
Uma dívida boa é aquela que vai te agregar valor e possibilitar aumentar de renda no médio ou longo prazo. Um bom exemplo de dívida boa é o financiamento estudantil. Através da educação você obtém qualificação para conseguir uma promoção no trabalho ou até mesmo um novo emprego que irá te pagar mais. Ou ainda desenvolver habilidades para iniciar ou melhorar o seu negócio próprio.

Para identificar se uma dívida é boa ou não, algumas perguntas podem ser feitas a si mesmo, como:

- A dívida irá se pagar no futuro?
- As taxas de juros são muito altas?
- As parcelas cabem no meu orçamento?
- Essa dívida vai me fazer crescer?
- Realmente preciso assumir essa dívida agora?

Se a resposta para todas essas perguntas for SIM, então é muito provável que a dívida seja benéfica.




  





Outras ocasiões em que pode ser interessante contrair uma dívida são:

- Para se livrar de dívidas ruins:

Algumas vezes erramos a mão e acabamos por assumir dívidas com uma taxa de juros elevada e parcelas que comem boa parte do nosso salário. Nesses casos vale a pena negociar uma condição melhor com o credor ou até mesmo tomar um empréstimo com um novo credor para quitar todas as dívidas em aberto.

Mas fique bem atento para que essa nova dívida tenha taxas menores que a anterior e que as novas prestações caibam no seu bolso sem maiores problemas. Afinal o objetivo aqui é tirar a corda do pescoço e não somente trocar o nó.

Obs.: Em termos práticos, vale a pena tomar um consignado para pagar uma financeira ou até mesmo emprestar de uma financeira para quitar o cartão de crédito e cheque especial.

- Para crescer seu patrimônio

Embora alguns especialistas discordem, eu defendo que vale a pena contrair uma dívida para a compra de um imóvel próprio. Na ponta do lápis e rabiscado no papel é indubitavelmente mais vantajoso poupar para comprar a vista.

Entretanto, além do fator cultural – o sonho da casa própria – não é todo mundo que tem a disciplina necessária para todos os meses depositar uma quantia X em determinada aplicação financeira.

Conta como ponto positivo para o financiamento habitacional as baixas taxas de juros incidentes e também a possibilidade de usar o FGTS como entrada ou posteriormente para abater o saldo devedor. Outra possibilidade é juntar uma grana para antecipar uma quantidade X de parcelas de uma só vez (5 ou 10 ou mais) e assim diminuir o prazo do financiamento.

A compra de um veículo financiado também pode ser uma dívida boa, desde que esse veículo seja utilizado para lhe gerar uma renda superior aos gastos mensais com ele (e aqui você deve considerar as prestações, o seguro, o combustível, a manutenção, a depreciação e a conservação).



Pudemos então aprender que através de um bom planejamento e sempre levando em conta os benefícios e os custos – atenção: os benefícios devem sempre ser maiores que os custos – fazer uso do crédito é uma opção para alavancar nosso crescimento. Mas lembre-se sempre que dívidas são aceitáveis somente para o seu crescimento. Fora isso toda e qualquer situação de endividamento deve ser evitada.

Espero que tenham gostado do texto. No próximo venho falar das dívidas ruim e como podemos resistir a tentação de nos entregarmos a elas.


Um grande amplexo!