Seja bem vindo de volta meu
amigo da blogosfera. Como foi o
carnaval aproveitou bastante? E a saúde financeira sobreviveu ou as finanças
viraram pó nesta quarta feira de cinzas?
Sei que as coisas já estão
melhores, pelo menos você já sabe onde está errando e pode resolver. Antes de prosseguir
devo lembrar que este já é o terceiro post e se você não leu os anteriores peço
que, por favor, o faça. Para ler o primeiro basta clicar aqui e para ler o segundo texto, basta clicar aqui.
Combinamos que iríamos debater o orçamento
no vermelho, entretanto, teus dados estão bem organizados? Vamos a uma breve
revisão de como fazer um orçamento mensal.
1. Anote suas receitas e despesas
Comece anotando todas as suas
receitas e despesas. Reserve uma pequena parte do seu tempo para registrar
todos os seus gastos diários e torne isso um hábito.
2. Agrupe as receitas e despesas
Agrupe as despesas e as receitas
do mês em categorias. É importante que, de tempos em tempos (pode ser uma
vez por semana), você agrupe essas despesas em categorias. Por exemplo: gastos
com conta de luz, gás, aluguel, podem ser agrupados em uma categoria de despesa
chamada “Habitação”. Gastos com supermercado, padaria, feiras podem ser
agrupados como “Alimentação”. Uma possibilidade de categorias de agrupamentos
seria: Habitação, Alimentação, Saúde, Educação, Transporte, Vestuário, Lazer e
Financeiro. Isso permitirá a você saber, no fim do mês, exatamente de onde
seu dinheiro veio e com que ele foi gasto.
3. Analise a situação com atenção
Ao terminar o mês, organize os
grupos de receitas e despesas que você criou. Nesse momento, forma-se um
retrato fiel de como você adquire renda (recebe dinheiro) e de como gasta seu
dinheiro ao longo de um mês (gera despesas). Com os dados já organizados é
possível ver se o que você recebe está sendo suficiente para cobrir suas
despesas (saldo
azul) ou se é insuficiente (saldo vermelho).
Infelizmente, não se é possível aumentar as
receitas quando bem quiser, sobra-nos diminuir as despesas. Talvez você
perceba que gasta muito com algo que não é importante, ou se dê conta de que
algo muito importante para você está recebendo pouco ou nenhum recurso. É hora
de priorizar sua vida e seus gastos, alocar dinheiro naquilo que mais importa
para você!
Voltando a Escala Financeira, fui
perguntado se há algum degrau entre a Segurança e a Insegurança Financeira: e a resposta
é Sim!
–
Estabilidade
Se você está no zero a zero,
ou seja, se as suas receitas batem com as suas despesas, parabéns! Falaremos
sobre isso no próximo POST, porque como combinado iremos falar sobre orçamento no vermelho.
O ponto mais comum que as
pessoas estão na escala financeira é:
– Insegurança Financeira
Aqui, a pessoa vive do seu
crédito pessoal: Cartão de Crédito e Limite do Cheque Especial. É necessário lembrar
que esse dinheiro não é seu, ele é um Empréstimo!
Mesmo que você pague
o valor total da fatura, essa grana é retirada do teu orçamento do mês
seguinte. O valor da fatura tende a aumentar, pois:
§
Há a facilidade de uso;
§
A falta de compreensão sobre o que é realmente essencial (nunca
pague contas de água ou luz com o cartão); e
§
O grande apelo de marketing dizendo: gaste ... gaste ... e gaste.
Quando você já não consegue
pagar o valor total da fatura e entra no rotativo, piora muito, pois o rotativo
é a linha emergencial de crédito usada por quem não consegue pagar o valor
integral da fatura do cartão, só no ano passado, os juros do rotativo do cartão
de crédito ficaram em torno de 490% ao
ano.
Os juros do cheque especial
também são muito altos e chegaram a 330% ao ano de acordo com o site do Banco Central.
Entrar no rotativo
e/ou cheque especial é como empurrar uma bola de neve morro acima. Ela só
cresce até que uma hora (...) te esmaga.
Quando já não se
consegue arcar com as dívidas e não se tem mais crédito, entra-se na outra
escala do endividamento e começa a viver do crédito alheio.
– Dependência Financeira
As dívidas já
fugiram do controle, ninguém quer mais te emprestar dinheiro, seu cartão
estourou o banco te liga todos os dias cobrando (...) a vida está complicada e
a saída: pedir dinheiro e/ou o cartão emprestado aos teus familiares e/ou
amigos.
Pedir dinheiro é uma
ótima opção, pois além de não pagar juros há a possibilidade de combinar o dia
da quitação. Em compensação, se você não pagar o empréstimo na data combinada,
certamente terá menos amigos e/ou os eventos familiares serão bem
constrangedores.
Muitos pedem o cartão
emprestado, talvez você esteja nessa fase. Pode ser uma saída emergencial, mas
apenas se você tiver como pagar essa dívida, senão a bola de neve apenas fica
maior e ao invés de apenas você ser o devedor, agora seus familiares também
estão devendo, pois é o nome deles que está sendo utilizado!
Nessa hora, muitos
se desesperam. Parte para os agiotas, o que piora muito a situação. Outros começam
a ficar dispersos no serviço, caindo o seu rendimento o que acaba por serem
demitidos.
O que os leva para a
próxima escala do endividamento.
– Submissão Financeira (falência)
Pode parecer estranho, mas no Brasil há
o processo de falência pessoal dentro do CPC – Código de Processo Civil cujo
nome é “Insolvência Civil”. Ela acontece
quando a pessoa perde completamente a capacidade de arcar com suas obrigações
financeiras. É uma medida extrema, equivalente à falência empresarial, porém
aplicada a uma pessoa física. Não é um recurso muito comum, pois o falido
“morre civilmente” por cinco anos, enquanto o credor reduz bruscamente a chance
de recuperar sua perda, mas é algo a que muitas pessoas estão sujeitas.
A insolvência civil é o último recurso da pessoa
endividada, é o momento em que ela é obrigada a reconhecer, legalmente
inclusive, que “está no buraco”. Ela é o atestado de esgotamento da capacidade
de negociação com credores e dos típicos “malabarismos financeiros”, como usar
o limite de crédito de uma conta para cobrir um rombo em outra, e por aí vai…
Algumas características que indicam que você pode estar caminhando rumo à
insolvência pessoal:
§ Você não tem nenhuma reserva financeira. Se você tem uma renda (seu
salário, por exemplo) e gasta tudo o que ganha (as vezes mais que isso), corre
sério risco de quebra caso haja uma interrupção repentina dessa renda;
§ Você vem fazendo uso regular de seu limite de cheque especial ou cartão
de crédito nos últimos seis meses.
§ Em algum momento, nos últimos seis meses, você “estourou” seu limite de
crédito.
§ Você tem bens (móveis ou imóveis) penhorados ou alienados como garantias
de empréstimos e financiamentos.
Se algum desses “sinais” se aplica a você, tome
cuidado! Você pode estar caminhando para uma situação que resultará em
insolvência pessoal!
Se for o seu caso, é necessária uma ação rápida e
incisiva no sentido de identificar seus gastos e eventuais vazamentos em seu
orçamento doméstico, adequar suas despesas à sua realidade financeira, fazer um
orçamento para os próximos meses, que o oriente novamente ao equilíbrio
financeiro e, mais importante que tudo, é necessário disciplina férrea para
seguir esse orçamento.
Chegamos ao final de nosso
encontro. Organize seus dados financeiros, revise seu orçamento e veja o que
pode ser mudado. Para ajudar nessa tarefa deixo dois presentes: Um pensamento de um grande poeta ...
E já que queremos te ajudar a se livrar das dívidas, o segundo presente é um aplicativo que gosto muito de usar para controlar minhas finanças, o minhas economias, ele é gratuito.
E já que queremos te ajudar a se livrar das dívidas, o segundo presente é um aplicativo que gosto muito de usar para controlar minhas finanças, o minhas economias, ele é gratuito.
Até a próxima.