Bom dia amigos da blogosfera. Sejam todos
bem-vindos. Como estão a saúde financeira e a mental? Espero que esteja a todo
vapor.
É um clichê dizer que a vida imita a arte e
isso se prova quando encontramos filmes inspiradores como esse "O homem que mudou o jogo"
(MoneyBall).
O filme é baseado na história real de Billy
Beane, contada no livro de Michael Lewis. Nele, o autor relata como Beane
conseguiu levar o modesto time do Oakland Athletics a elite do beisebol
americano.
Apesar de ser um filme que retrata um esporte pouco
conhecido e apreciado pelo público brasileiro ele poderia ser muito bem aplicado no futebol, basquete,
vôlei ou qualquer esporte coletivo onde necessitamos que as pessoas colaborem
em prol de objetivo comum.
E mais, as reflexões e discussões geradas por
ele são universais!
A temática básica do filme é como resolver um
problema de forma inovadora. No filme, essa temática se passa no ambiente do
baseball, mas a ideia central pode ser aplicada em qualquer situação no qual
nos deparamos com um problema que parecesse sem solução.
A história narra o orçamento medíocre que
Billy Beane tem em mãos para competir com equipes milionárias da Major League e
como ele consegue reverter essa situação levando o time aos playoffs.
1
– Faça a pergunta certa!
As lições colocadas no filme vão muito além
da emoção da telona, da pipoca e da companhia no cinema. Para encararmos o
problema de frente, precisamos antes fazer as perguntas certas. Qual o real
problema? O que precisamos para competir ou para conquistar ou minimizar
defeitos de uma equipe?
Essa foi a primeira lição do filme:
Não tomar decisões sem antes temos as perguntas corretas.
2
– Liderança!
Com orçamento apertado e sem apoio o
suficiente para brigar com os milhões de dólares das principais equipes, Beane
(com a ajuda do seu assessor) define uma nova filosofia para montar equipes.
Jogadores desacreditados (e com baixo valor de mercado) têm estatísticas que
mostram que são atletas competentes em determinados fundamentos.
Ele extrai de cada um, aquilo que um líder
deve fazer.
·
Objetivo
claro!
·
Correção
de erros e
·
Maximização
das potencialidades de cada um dentro do jogo.
3
– Quebra de paradigmas!
Ao observar seus melhores jogadores serem vendidos
para os seus rivais, Beane não consegue achar substitutos que mantenham a
qualidade do time. Os jogadores completos são muito caros, portanto,
indisponíveis para seu time que não tem muitos recursos financeiros. Ele
conhece e contrata o analista Peter Brand que tem uma ideia inovadora: utilizar
estatísticas e contratar jogadores que são excepcionais em alguma
característica, mas, no geral, são jogadores comuns. Ao se colocar os jogadores
certos nas posições certas, as deficiências individuais seriam suprimidas pela
força do conjunto.
Este novo modelo é totalmente contra o modelo
vigente no qual as contratações eram realizadas por olheiros que indicavam um
jogador pelo olhar técnico adquirido por anos de experiência e por intuição.
Ele encontra uma solução nova para um problema crônico e recorrente. Ao tentar
essa nova abordagem ele está justamente “pensando
fora da caixa”.
Como muitas ideias inovadoras, elas podem se chocar
com o modelo tradicional. E muitos conservadores podem considerá-las ser pura
insanidade. No filme, Beane sofre este preconceito e por acreditar e insistir
nessa ideia, quase é demitido. Apesar das dificuldades, ele insiste no modelo,
analisa o que está errado e corrige, até finalmente conseguir os resultados
previstos.
Fazer as perguntas certas e ter o espirito de
liderança, não significa muita coisa senão enfrentarmos todos aqueles que
contestam e desacreditam em seu projeto. Foi isso que o Billy faz ao apostar na
estratégia nunca antes utilizada em um mundo onde o "feeling" sempre
foi a aposta mais alta.
Porque
devo assistir ao filme?
"O homem que mudou o jogo"
(Moneyball) foge de boa parte dos clichês dos filmes que falam sobre esporte. A
começar pela escolha do personagem principal. O filme não conta a história de
superação do astro do time. Mostra sim a saga do dirigente Billy Beane,
interpretado por Brad Pitt.
Enxergo nos exemplos muito mais do que um
time de futebol, vejo exemplos para vida. Faz pensar que mais do que vencer,
temos que pensar em mudar o jogo!
A primeira frase dita por Michey Mantle na
abertura do filme (é inacreditável o
quanto você não sabe sobre o jogo que jogou a sua vida toda!) é um convite
a reflexão.
Fez
lembrar a teoria sobre os jogos que vivemos na vida, quando o foco é vencer
todos aqueles internos que nos deparamos. Os jogos externos são aqueles que
estão para serem vistos por todos, mas os internos são jogados apenas por nós
mesmos. Nem todos que vencem os jogos internos se tornam vitoriosos na vida,
mas todos os grandes vitoriosos são, anteriormente, vencedores desses jogos
internos.
Um filme que vale a pena ser visto, mesmo para quem
não entende nada de baseball. Assista,
inspire-se e faça valer a pena.
Não se esqueça: Foco, força e Fé.
Até a próxima.