domingo, 18 de setembro de 2016

A Cigarra, a Formiga e o Cafézinho

Olá! Bem-vindo ao Mente Sã, Bolso São
Para abrir o nosso blog, escolhi trazer até vocês duas histórias, uma fábula e um conto popular.


Você conhece a fábula da formiga e da cigarra?

Não lembro ao certo quantos anos eu tinha quando a ouvi pela primeira vez, não lembro nem mesmo quem foi que me contou. Lembro de ter gostado da história e também de ter passado alguns dias com ela na cabeça.

Se ainda não conhece vou contar ela aqui. Mas se já conhece, então vamos relembrar.



Num dia quente de verão, uma alegre cigarra estava a cantar e a tocar o seu violão, com todo o entusiasmo. Ela viu uma formiga a passar, concentrada na sua grande labuta diária que consistia em guardar comida para o inverno.


Dona Formiga, venha e cante comigo, em vez de trabalhar tão arduamente.”, desafiou a cigarra
“Vamo-nos divertir.”

Tenho de guardar comida para o Inverno”, respondeu a formiga, sem parar, “e aconselho-a a fazer o mesmo.”

Não se preocupe com o inverno, está ainda muito longe.”, disse a outra, despreocupada. 
“Como vê, comida não falta.”

Mas a formiga não quis ouvir e continuou a sua labuta. Os meses passaram e o tempo arrefeceu cada vez mais, até que toda a Natureza em redor ficou coberta com um espesso manto branco de neve.

Chegou o inverno. A cigarra, esfomeada e enregelada, foi a casa da formiga e implorou humildemente por algo para comer.

Se você tivesse ouvido o meu conselho no Verão, não estaria agora tão desesperada.”, ralhou a formiga. “Preferiu cantar e tocar violão?! Pois agora dance!”

E dizendo isto, fechou a porta, deixando a cigarra entregue à sua sorte.

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Muitos anos depois me deparei novamente com esse conto, e já com mais idade, mais maturidade, pude entender que palavras carregavam consigo uma lição embutida.

Moral da história: Quem quiser passar bem pelo inverno, enquanto for jovem, deve aproveitar melhor o tempo. Existe tempo para se divertir e para trabalhar.



A fábula atribuída à Jean de La Fontaine nos traz dois personagens, antagônicos, que representam dois tipos de pessoas:

-A cigarra: são pessoas que só vivem o agora e não se preocupam com o futuro. Geralmente não se preocupam em poupar, gastam todo seu salário, estão saindo todos os finais de semana e sempre seguindo as tendências consumistas da moda.

-A formiga: são aquelas só vivem para o trabalho. Trocam momentos com a família por horas extras, se voluntariam para trabalhar nos finais de semana, tem um segundo ou terceiro emprego e seu principal objetivo é juntar dinheiro.

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Sobre o cafezinho...

Bem, logo assim que comecei a me interessar por economia, finanças e educação financeira, umas das primeiras coisas que li/ouvi foi que se uma pessoa deixasse de tomar um cafezinho por dia (considerando o café a R$ 2,58), ao final de um ano daria para economizar uma quantia superior a R$900,00.




Os especialistas diziam que se aplicasse esse dinheiro no Tesouro Direto por um período de 10 anos ou 20 anos - descontando a inflação de 10% - com uma rentabilidade mensal de 1,4%, arrecadar-se-ia, respectivamente, R$ 1.111,61 e R$ 8.778,54.


Eu não sou adepto do café, então resolvi transpor essa economia para a barrinha de chocolate que gostava de comer todos os dias após o almoço e comecei a pensar na satisfação que era comer esse chocolatinho e em como eu ficava mal-humorado e irritado nos dias em que não o comprava. Ficar sem o chocolate afetava mesmo minha produtividade.

Eu concordo que R$900,00 é uma grana considerável, mas será que valia a pena colocar esse dinheiro no bolso e passar as tardes carrancudo? Eu resolvi que não, que continuaria a comer meu doce.

Mas essa recomendação dos especialistas em finanças me deixou duas importantes lições:

1- precisava rever meus hábitos com relação ao chocolate. Se ficar sem ele me causava reações físicas, isso era um sinal de possível dependência e eu deveria me atentar mais para minha saúde.

2- pequenos cortes nos gastos diários, coisinhas que as vezes desprezamos por parecem insignificantes, quando somadas e poupadas podem representar uma quantia significativa.

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Aqui no blog acreditamos e defendemos que não você não precisa ser como a formiga – workahoolic, nem como a cigarra – negligente. Mas sim um meio-termo entre os dois.

Cremos que com um pouco de planejamento e muita disciplina é possível fazer com que o dinheiro se multiplique sem a realização de um esforço hercúleo e ainda com um pouco de diversão.

Nossa proposta é utilizar esse espaço para apresentar maneiras, de cortar gastos, poupar, e fazer com que seu dinheiro trabalhe para você, de modo que quando o “inverno¹” chegar você já tenha o suficiente para estar tranquilo; mas isso, claro, sem deixar de aproveitar o “verão²”. Temos a pretensão te ajudar a fazer a transição do vermelho para o azul através da mudança de hábitos sabotadores. E pode ficar tranquilo, pois não queremos que você pare de tomar aquele cafezinho* que tanto lhe faz tão bem pela manhã ou após o almoço. No máximo vamos lhe mostrar que ele não precisa vir necessariamente acompanhado de um brownie ou que uma quadra adiante pode ter uma opção tão saborosa quanto custando bem menos.

Um amplexo e outubro.




http://www.vivoseudinheiro.com.br/hora-do-cafezinho-saiba-quanto-esse-habito-custa-ao-seu-bolso/
¹velhice
²juventude
³valor médio do cafezinho apurado em 2014 segundo o Instituto DataFolha